domingo, 12 de outubro de 2014

Mobilidade Urbana é área potencial entre as startups


A USP - Universidade de São Paulo sediou neste final de semana o Startup Weekend, um evento que é realizado em 131 países, e que ocorreu pela primeira vez no Brasil. Jovens empreendedores receberam orientações de como colocar em prática ideias inovadoras.
O principal objetivo do evento foi reunir e estimular pessoas que possuem boas ideias e desejam criar empresas que buscam um modelo inédito de negócios com potencial de crescimento, as startups.
Diferentemente do que pensa a maior parte das pessoas, um evento de startup não é necessariamente ligado à tecnologia e sim ao empreendedorismo.
E neste novo cenário de negócios, o modelo de esconder fórmulas e soluções é considerado ultrapassado.
A tendência é justamente trocar ideias, como explicou um dos coordenadores do núcleo de empreendedorismo da USP, Artur Villas Boas.
A troca de ideias foi considerada o ponto alto da maratona de 54 horas do evento.
Tecnologia de informação e soluções na área de programação de computadores estão entre os setores que representam o maior número destas novas empresas. Mas uma startup pode ser direcionada para qualquer ramo de atuação, inclusive aos mais tradicionais, como transporte de passageiros, saúde e agronegócios.
E a Mobilidade é um dos destaques hoje entre as startups.
A colaboração entre passageiros de diversos sistemas de transportes é uma prática que pode ser bem aproveitada por estes modelos de negócio e que ajuda quem precisa se deslocar pela cidade.
Um dos mentores do evento da USP, Roberto Cardoso, criou uma empresa que oferece um aplicativo com informações em tempo real sobre os serviços de trem, metrô e ônibus de São Paulo.
A reportagem acompanhou no celular de Roberto o funcionamento do aplicativo da empresa que ele criou Scipopulis (http://scipopulis.com/)
Como a entrevista foi num dos prédios da Escola Politécnica da USP, o aplicativo, após a seleção mostrou as linhas que passam perto do local e a previsão de chegada.
Roberto disse ainda que a empresa faz um monitoramento do conteúdo do Twitter sobre mobilidade, o que ajuda na coleta de informações sobre linhas de ônibus, trem ou metrô com problemas na cidade de São Paulo.
Os gestores e empresas transportadoras ainda apresentam grandes lacunas quando o tema é informação para o passageiro. Isso é atribuído a várias questões, como falta de investimento e da cultura ainda quase inexistente de ouvir o passageiro e atender sua necessidade.
As pessoas atualmente possuem mais de uma atividade. Além disso, as ocupações se tornam cada vez mais diferentes do modelo tradicional do mercado de trabalho. Tem aumentado a quantidade de passageiros cujo perfil de deslocamento não se limita mais a entrar num horário na empresa e sair no mesmo horário sempre. São mais numerosas as atividades que necessitam de várias viagens por dia. Sendo assim, saber que horas vai passar o ônibus se torna ainda mais importante.
Ter a previsão de quando será possível contar com o transporte deveria ser encarado pelos agentes públicos e empresas como direito do passageiro.
Afinal, operar transporte coletivo é muito mais que colocar ônibus nas ruas e composições nos trilhos. É prestar serviços ao cidadão e há uma relação de consumo envolvida. A disponibilidade de informação já deveria estar inserida na prestação de serviços de mobilidade.
Algumas cidades possuem sistemas de monitoramento com acesso pela internet e até aplicativos para dispositivos móveis, mas ainda elas fazem parte de uma minoria

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