“A Ilha do Dia Anterior” se passa no século 17, a era da arte barroca, e tem como personagem central o jovem Roberto Pozzo de San Patrizio. Filho da nobreza da região do Piemonte – eterno foco de disputa entre italianos, franceses e espanhóis -, o fidalgo se mete em intrigas palacianas e atendendo a convocação do cardeal Mazarino, embarca no navio Amarillis, no encalço de um inglês que teria descoberto uma fórmula exata de determinar os meridianos da Terra – precioso instrumento geopolítico na era das Grandes Navegações.
O Amarillis, porém, naufraga nos mares do Sul e Roberto se vê à deriva até encontrar o Daphne, um navio cuja tripulação desaparecera e no qual encontra mantimentos e vestígios de vida que excitam sua imaginação.
A narrativa do romance deslancha a partir dos manuscritos deixados pelo náufrago: sua vida a bordo do navio abandonado, as memórias de suas peripécias nas cortes européias e de seus encontros com personagens históricas como Colbert e Richelieu.
Umberto Eco antes de ser escritor é um erudito e não se limita a realizar um trabalho apenas ficcional. Assim como em “O Nome da Rosa” discutia filosofia e religião, nesta obra discute o inicio do pensamento cientifico como o conhecemos hoje, apoiado na lógica e na razão. Ao mesmo tempo revela que a religião influenciou a pesquisa cientifica até então.
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