quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Novas ciclovias devem criar tendência de mobilidade, dizem fabricantes


As políticas de mobilidade urbana que incluem as bicicletas como meio de deslocamento diário começam a ser sentidas aos poucos pelos fabricantes do setor.
De acordo com estimativas da Abraciclo, entidade que reúne as indústrias de motos e bicicletas, neste ano, as vendas e produção de bicicletas devem ser 10 por cento menores na comparação com 2013. Apesar disso, o faturamento com as vendas de bicicletas devem ser 10 por cento maior em 2014.
Para o vice-presidente da Abraciclo, e responsável pelo segmento de bicicletas, Caetano Roberto Ferraiolo, estes números refletem uma mudança de público e comportamento, com pessoas comprando bicicletas de maior valor para os deslocamentos diários.
Neste ano, a entidade estima comercializar 3 milhões e 800 mil bicicletas produzidas no Brasil.
Se não fosse o baixo crescimento econômico do País, este número poderia ser maior, de acordo com o executivo.
Ele acrescentou, porém, que os espaços para bicicletas devem criar uma tendência na mobilidade das principais cidades brasileiras.
O nível de renda das pessoas que têm procurado as bicicletas também é maior, o que mostra para a entidade que as pessoas que costumeiramente se deslocavam somente de carro, aos poucos migram para as bicicletas, pelo menos em alguns trajetos. Outra aposta das fabricantes são as obras para o transporte público de massa que se integram às ciclovias, como os corredores de ônibus previstos para a Capital Paulista, e o novo sistema Linha Verde, de corredores de ônibus de Curitiba.
Já em relação às motos, o cenário não é positivo.
De acordo com o balanço divulgado nesta terça-feira pela Abraciclo, a produção de motos caiu de janeiro a setembro deste ano, oito pro cento em relação à semelhante período do ano passado. Em nove meses deste ano, foram fabricadas um milhão 162 mil motos enquanto foram feitas um milhão 263 mil motocicletas entre janeiro e setembro de 2013.
Para a Abraciclo, a queda na oferta de crédito para as classes C e D é um dos motivos que explicam os números negativos.

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