Blog com o intuito de amplificar o conhecimento em todos os âmbitos. Todos os posts são redimensionados da internet, portanto não nos responsabilizamos pelo seu conteúdo. Boa diversão.
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
sábado, 25 de dezembro de 2010
Fani Pacheco & Natália Casassola Playboy 11-2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Configurando a rede na linha de comando no ubuntu e no debian
Esse tutorial eu vou explicar como você pode configurar a rede no ubuntu todos os sabores (K) (X) (E), e debian todos os sabores. Irei mostrar os principais arquivos de configuração e os principais comandos de rede.
Lembrando que no debian você deve substituir o comando sudo pelo su -c ‘comando dentro das aspas’.
Primeiro vamos saber os principais Arquivos da rede. Todos os principais arquivos de configuração do Linux fica dentro do diretório /etc.
/etc/resolv.conf seu conteúdo nameserver 192.168.254.40
/etc/hosts
Conteúdo
127.0.0.1 localhost 127.0.1.1 xjulio.com julio-not 192.168.254.40 xjulio.com www.xjulio.com # The following lines are desirable for IPv6 capable hosts ::1 ip6-localhost ip6-loopback fe00::0 ip6-localnet ff00::0 ip6-mcastprefix ff02::1 ip6-allnodes ff02::2 ip6-allrouters ff02::3 ip6-allhosts
O arquivo interfaces fica dentro do diretório /etc/network, esse arquivo armazena a configuração das suas interfaces de rede, nele você manipula a forma que sua rede se comporta , você pode escolher em deixar sua interface como dhcp ou como ip stático , e também pode criar ip alias . “IP alias é uma apelido que você pode dar a sua interface de rede na qual você pode atribuir outros endereços de rede, você pode criar quantos ip alias desejar”.
/etc/network/interfaces
O conteúdo do meu arquivo.
auto lo iface lo inet loopback address 127.0.0.1 netmask 255.0.0.0 iface eth0 inet static address 192.168.254.55 net 192.168.254.0 netmask 255.255.255.0 gateway 192.168.254.254
Os principais comandos de rede são:
ifconfig , ifup, ifdown, route, iwconfig , dhclient.
Usando o dhclient para pegar ip por dhcp.
sudo dhclient eth0
Atribuindo um endereço de ip a uma interface de rede usando ifconfig .
sudo ifconfig eth0 192.168.254.50 netmask 255.255.255.0
Atribuindo um ip alias a uma interface de rede usando ifconfig, no lugar do 1 você pode colocar qualquer nome ou numero.
sudo ifconfig eth0:1 192.168.0.30 netmask 255.255.255.0
Listando as interfaces existentes usando ifconfig
sudo ifconfig
Derrubando uma interface usando ifconfig.
sudo ifconfig eth0 down
levantando uma interface usando ifconfig.
sudo ifconfig eth0 up
Agora usando o ifup e ifdown. Derrubar todas as interfaces e seus endereços de ip.
sudo ifdown -a
Levantando todas as redes de acordo com os dados do arquivo /etc/network/interfaces
sudo ifup -a
netstat -r
Atribuindo o gateway padrão da sua rede usando o comando route.
sudo route add default gw 192.168.254.254
Atribuindo uma interface como padrão.
sudo route add default ppp0
Agora vamos configurar a nossa rede usando o arquivo /etc/network/interfaces. Configurando a rede como DHCP padrão na interface eth0.
sudo nano /etc/network/interfaces
coloque
auto eth0 iface eth0 inet dhcp
Configurando a interface eth0 com ip estático.
sudo nano /etc/network/interfaces #coloque de acordo com sua rede. auto eth0 iface eth0 inet static address 192.168.254.55 net 192.168.254.0 netmask 255.255.255.0 gateway 192.168.254.254
Configurando sua rede como ip alias estático.
sudo nano /etc/network/interfaces
#coloque de acordo com sua rede. auto eth0:1 iface eth0:1 inet static address 192.168.0.55 net 192.168.0.0 netmask 255.255.255.0 gateway 192.168.254.254
Depois de configurar o arquivo derrube as interfaces.
sudo ifdown -a
Depois levante.
sudo ifup -a
Para reniciar a sua configuração de rede existe esse comando.
sudo /etc/init.d/networking restart
Atingir Meta - Recurso do Excel
Por exemplo, você tem uma prestação, sabe o quanto emprestou, em quantas parcelas, e o quanto paga por parcela, porém gostaria de saber a taxa aplicada no seu empréstimo.
Para isso vamos fazer uma planilha:
1. Crie a seguinte planilha com os dados fixos nas células G8, G9 e G10.
2. Na célula H9, digite =G9/12.
3. Na célula G11 digite a fórmula =PGTO(G9/12;G10;-G8), esta fórmula é utilizada para definir o valor de uma parcela utilizando o método PRICE. Os parâmetros destas funções são:
- Taxa: taxa de juros para o empréstimo.
- npe
r: número total de pagamentos pelo empréstimo. - VP: valor principal, ou o valor emprestado.
- VF: valor futuro, ou o saldo que se deseja ter ao final dos períodos, se for omitido será 0.
- Tipo: indica o vencimento das parcelas. 0 no final do período e 1 no início do período
Utilizando o atingir meta:
- Clique em Dados->Teste de Hipóteses->Atingir Meta
- Na tela que segue selecione no campo Definir célula o endereço G11, esta célula define aonde está a fórmula na qual quer se atingir o valor.
- Para valor: digite 1400, o valor que se pretende atingir.
- Alternando célula: selecionar a célula G9. Este campo será alterado para se atingir o valor desejado.
GlitterBoo: Aplique efeitos de glitter em suas fotos
O GlitterBoo
Como criar suas imagens
1 – Acesse o GlitterBoo;
2 – Escolha um dos tipos e efeitos (Sparkles ou Stars);
3 – Faça o upload de uma imagem e clique em upload;
Depois disso você visualizará a sua imagem e a barra de ferramentas. Você deve selecionar a área da imagem que quer aplicar o efeito escolhendo o “Brush” e o “Size”. Se quiser aplicar o efeito na imagem inteira basta clicar em “Select All”.
Na aba “Controls” você pode configurar o efeito e ajustar intensidade, tamanho máximo e o brilho. Caso queira deixar a imagem animada basta clicar na aba “Animation” para fazer a configuração.
Depois de tudo pronto basta fazer o download da imagem ou da animação. Além de baixar a imagem você ainda pode copiar o código para colocar a imagem em sites, blogs e fóruns.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Fonte de Alimentação - Introdução
Introdução
Embora muitas vezes relegada a segundo plano, a fonte de alimentação é um dos componentes mais importantes de qualquer PC atual, já que a qualidade da fonte está diretamente relacionada à estabilidade, possibilidades de expansão e até mesmo à durabilidade do conjunto.
O papel da fonte na estabilidade está relacionado ao fato de que ela é a responsável por fornecer energia aos componentes. Tensões mais baixas que o ideal, ou excesso de variações (ripple) podem levar a travamentos e problemas gerais. Outra função da fonte é atenuar variações na corrente da tomada, absorvendo picos de tensão e mantendo o PC funcionando quando a tensão cai momentaneamente (ao ligar o chuveiro, por exemplo).
Um fornecimento inadequado ou instável de energia causa também danos cumulativos no processador, módulos de memória, circuitos de regulação da placa-mãe e outros componentes, causando problemas prematuros. Um PC perfeitamente saudável pode apresentar problemas em apenas um ou dois anos se usado em conjunto com uma fonte de baixa qualidade.
Finalmente, temos as possibilidades de expansão, que também estão relacionadas à capacidade da fonte. Este é um fator que vem recebendo cada vez mais atenção, acompanhando o aumento no consumo elétrico dos PCs. Qualquer PC mediano, com um processador quad-core ou uma placa 3D um pouco mais parruda pode facilmente exceder a capacidade de fornecimento de uma fonte genérica, fazendo com que ela desligue durante o boot, ou (em alguns casos) simplesmente exploda, causando danos aos componentes.
Tendo isso em vista, não é de se estranhar toda a atenção em torno de fontes de grande capacidade e de toda a tecnologia relacionada a elas. Tipicamente, os problemas da fonte se acentuam com o aumento na carga, por isso é tão comum que fontes de baixa qualidade "abram o bico" depois de upgrades que aumentam o consumo do PC.
Fonte de Alimentação - Como Funcionam?
Como as fontes de alimentação funcionam
Você pode imaginar a corrente alternada da tomada como uma onda, que oscila 60 vezes por segundo, onde a energia é transmitida através de pulsos; em oposição à corrente contínua usada por circuitos eletrônicos. O uso de corrente alternada reduz drasticamente a perda durante a transmissão a longas distâncias, o que a torna ideal para uso na rede pública.
Aparelhos domésticos como ventiladores, geladeiras e aquecedores trabalham muito bem com corrente alternada, mas aparelhos eletrônicos em geral precisam que ela seja transformada em corrente contínua, o que nos leva à fonte de alimentação.
A função básica da fonte de alimentação (ou PSU, de "Power Supply Unit") é transformar a corrente alternada da rede elétrica em corrente contínua, filtrar e estabilizar a corrente e gerar as tensões de 3.3V, 5V e 12V fornecidas aos demais componentes do PC.
Tudo começa com o estágio de filtragem. Ele tem duas funções: "filtrar" a energia que vem da tomada, removendo ruído e atenuando picos de tensão e ao mesmo tempo evitar que o ruído gerado por componentes da fonte (em especial os transistores que fazem o chaveamento) chegue à rede elétrica, interferindo com outros aparelhos.
Nas boas fontes ele é tipicamente dividido em dois sub-estágios, com parte dos componentes soldados a uma pequena placa de circuito presa ao conector de força e os demais instalados na placa principal, próximos aos pontos de solda dos dois cabos de energia provenientes do primeiro sub-estágioOs componentes do filtro incluem tipicamente duas bobinas (L1 e L2), um varistor (encarregado de absorver picos de tensão), que nessa foto está escondido entre a bobina da direita e os fios de energia, um ou dois capacitores X (que usam um encapsulamento retangular, amarelo) e um par de capacitores Y (eles são azuis, parecidos com os varistores dos filtros de linha).
Embora importante, é comum que o estágio de filtragem seja simplificado nas fontes de baixa qualidade, o que é um risco. Nesse caso, é comum que a placa principal conserve espaços vazios ou sejam usadas pontes (pedaços de fio usados para fechar contato) no lugar de vários dos componentes.
Depois do filtro, chegamos aos circuitos de conversão, que se encarregam do trabalho pesado. Eles são divididos em dois estágios, que são convenientemente chamados de primário e secundário. Cada um deles ocupa uma das metades da fonte, separados pelo transformador principal (a grande bobina amarela), que quase sempre fica bem no meio da fonteO estágio primário fica do lado esquerdo, que inclui o capacitor primário, os transistores de chaveamento e um ou dois dos dissipadores, enquanto o secundário domina o lado direito, de onde saem os fios de alimentação.
Em geral, as fontes incluem apenas dois dissipadores metálicos, um para cada um dos dois estágios. Essa Corsair CX400W das fotos usa um dissipador separado (à esquerda) para o circuito de PFC, por isso tem três no total.
Continuando, o estágio primário inclui também a ponte retificadora (o componente maior, preso a um dos dissipadores), um circuito de filtragem e o circuito chaveador. A função deles é retificar e aumentar a frequência da corrente, gerando uma corrente de alta frequência (acima de 100 kHz, contra os 60 Hz da tomada), com ondas quadradas, que é então enviada ao transformador.
A ideia é reduzir o intervalo entre os ciclos, o que reduz o trabalho necessário para transformá-la em corrente contínua, eliminando a necessidade de usar grandes transformadores, como em fontes antigas. Isso faz com que as fontes chaveadas sejam não apenas muito mais leves e baratas do que as antigas fontes lineares, mas também bem mais eficientes. Hoje em dia, até mesmo as fontes de celulares são fontes chaveadas.
Continuando, a ponte retificadora, juntamente com os transistores de chaveamento (MOSFETs) inevitavelmente transformam uma boa parte da energia em calor, justamente por isso são presos a um dos dissipadores metálicos. Quando falamos em "transistores" vem à mente a imagem dos transistores minúsculos que formam os processadores, mas a necessidade de lidar com cargas elevadas faz com que os MOSFETs da fonte sejam bem maiores:Assim como no caso dos transistores do estágio primário, os MOSFETs e retificadores usados no estágio secundário dissipam bastante calor, por isso são conectados a mais um dissipador metálico.
A maioria das fontes incluem também um segundo transformador (bem menor), que é usado para gerar as tensões de 5V e 3.3V da fonte, mas alguns projetos utilizam conversores DC-DC (veja mais detalhes a seguir) para gerá-las a partir da saída do transformador principal, simplificando o projeto.
Fontes antigas usam três transformadores em vez de dois. Este terceiro transformador é usado para isolar eletricamente o controlador PWM. Nas fontes mais atuais ele é substituído por três optoacopladores (um tipo de circuito integrado simples, que inclui um diodo e um transistor), que desempenham a mesma função, mas de maneira mais eficiente.
Temos aqui uma fonte genérica antiga, que usa o layout com três transformadores. Você pode notar que ela usa bem menos componentes, com transformadores, bobinas e capacitores bem menores, que acompanham a baixa capacidade de fornecimentoO controlador PWM é um pequeno chip encarregado de monitorar as tensões de saída da fonte e ajustar a frequência do circuito chaveador para compensar qualquer variação. Nas fontes atuais é comum que seja usado um único chip, combinando as funções de controlador PWM e circuito de PFC, sobre o qual falarei logo adianteÉ bastante comum que os fabricantes usem as características dos capacitores como ferramenta de marketing, anunciando que a fonte usa "capacitores japoneses" ou "capacitores de classe industrial". Naturalmente, é bem melhor que a fonte use capacitores da Hitachi do que de algum fabricante chinês desconhecido, ou que eles sejam certificados para trabalharem a até 105°C em vez de 85°C, por exemplo, mas essa é uma característica que não deve ser levada ao pé da letra, já que é apenas um fator entre muitos.
Os dissipadores também não são necessariamente um indício da qualidade da fonte, já que eles são dimensionados de acordo com a capacidade, eficiência e potência do exaustor. Uma fonte pode possuir dissipadores grandes e pesados simplesmente por ter um baixo nível de eficiência (e, consequentemente, dissipar mais calor) ou usar dissipadores modestos por que o fabricante conseguiu desenvolver uma fonte mais eficiente (menos calor para dissipar), ou optou por aumentar a velocidade de rotação do exaustor (mais barulho).
Muitas das etapas de produção da fonte são feitas manualmente, por isso é muito comum encontrar braçadeiras, soldas manuais e até mesmo componentes presos com cola quente, mesmo nas fontes de boa qualidade. É justamente por isso que a grande maioria das fontes são produzidas em países da Ásia, onde a mão de obra é mais barata (assim como no caso dos processadores, memórias e quase todos os demais produtos eletrônicos hoje em dia).
Construir uma fonte de alimentação é relativamente simples (muito mais do que produzir um processador ou uma GPU, por exemplo) e a tecnologia é bem conhecida e documentada. O grande problema é que fontes de qualidade são caras de se construir, o que obriga os fabricantes a fazerem opções com relação à capacidade e à qualidade dos componentes usados, ao mesmo tempo em que tentam diferenciar seus produtos em relação aos oferecidos pelos concorrentes.
Isso faz com que as fontes sejam a classe de periféricos onde mais existe variação de qualidade e de preço. De um lado, temos fontes genéricas de 30 reais e do outro fontes de alta capacidade que podem custar quase 1000 reais. Como sempre, as melhores opções estão entre os dois extremos, mas nem sempre é fácil encontrá-las.
Fonte de Alimentação - Medindo o Consumo
Medindo o consumo
Existem no mercado dispositivos destinados a medir o consumo elétrico dos aparelhos, que podem ser instalados entre o PC e a tomada. Eles podem ser encontrados em casas especializadas em materiais elétricos ou comprados online. Um dos mais baratos é o "kill a watt", que custa em média 30 dólares (mais postagem) se comprado no exterior. Ele mostra a tensão, corrente, consumo e também o consumo cumulativo em um determinado período
Ele é útil para medir o consumo do PC e de outros aparelhos e também para acompanhar na prática as variações nas tensões da tomada, diferença de consumo entre watts e VA (veja a explicação no tópico sobre PFC), consumo cumulativo em kWh e assim por diante.
A primeira função "Volt", simplesmente exibe a tensão atual fornecida pela tomada (true RMS). Embora a tensão nominal na maioria das cidades seja 127 volts, você notará que o valor varia ligeiramente ao longo do dia, de acordo com o nível de uso da rede. Essa variação normal não é prejudicial, já que boas fontes com PFC ativo são capazes de trabalhar com qualquer tensão entre 90 e 264 volts.
A segunda opção mostra o consumo em amperes. Normalmente, você precisaria fazer as contas para obter o consumo em watts, mas ele faz isso automaticamente usando a terceira opção. Se a tensão atual é de 127V e o PC está "puxando" uma corrente 0.89 amperes, por exemplo, o consumo atual seria de 113 watts.
Você perceberá que o consumo do PC varia rapidamente, o que é perfeitamente normal, já que os componentes são ativados e desativados de acordo com a carga de trabalho. Isso te obriga a acompanhar a variação durante algum tempo para ter uma estimativa mais exata do consumo médio. Se a ideia é monitorar o consumo, uma boa opção é usar o botão "KWH Hour", que mostra o cumulativo. Basta deixar o PC ligado por algumas horas e depois calcular a média.
Concluindo, temos também a função "Hz", que simplesmente mostra o número de ciclos da corrente elétrica (no Brasil são usados 60 ciclos por segundo) e as funções "VA" e "PF", que são relacionadas ao fator de potência da fonte. Em uma fonte com PFC ativo o fator de potência será quase sempre de 0.96 ou mais e o consumo em watts e VAs será quase o mesmo, mas em uma fonte antiga, sem PFC, o fator de potência será muito mais baixo e os dois valores serão bem diferentes. Estudaremos mais sobre isso no tópico sobre PFC
Fonte: Guia do Hardware
Fonte de Alimentação - Questão de Eficiencia
A questão da eficiência
Assim como no caso de um chuveiro elétrico, a maior parte do custo de uma fonte de alimentação não está no custo do produto propriamente dito, mas sim na energia desperdiçada por ela ao longo da sua vida útil. Qualquer fonte, por melhor que seja, desperdiça energia durante o processo de conversão e retificação, energia essa que acaba "indo pelo ralo" na forma de calor dissipado pelo exaustor.
A eficiência é o percentual de energia que a fonte consegue realmente entregar aos componentes, em relação ao que puxa da tomada. Ela não tem relação com a capacidade real de fornecimento da fonte (ou seja, uma fonte de 450 watts de boa qualidade deve ser capaz de fornecer os mesmos 450 watts, seja a eficiência de 65% ou de 90%), mas uma baixa eficiência indica que a fonte vai não apenas desperdiçar energia no processo, mas também produzir muito mais calor, o que significa um PC mais quente e mais barulhento.
Com os PCs consumindo cada vez mais energia, a eficiência da fonte tem se tornado um fator cada vez mais importante, já que está diretamente relacionado ao consumo total do micro.
Um PC cujos componentes internos consumam 200 watts em média (sem contar o monitor, já que ele não é alimentado pela fonte de alimentação), acabaria consumindo 307 watts se usada uma fonte com 65% de eficiência. Ao mudar para uma fonte com 80% de eficiência, o consumo cairia para apenas 250 watts. Caso você conseguisse encontrar uma fonte com 90% de eficiência (elas ainda são raras, mas lentamente estão se tornando mais comuns), o consumo cairia mais um pouco, indo para os 225 watts.
Fontes genéricas, de uma maneira geral, trabalham com um nível de eficiência bastante baixo, na maioria dos casos na faixa dos 60 a 65%, já que a prioridade dos fabricantes é reduzir os custos e não melhorar a eficiência do projeto. Por outro lado, a maioria das fontes de qualidade da safra atual são capazes de trabalhar acima dos 80%, uma diferença que ao longo do tempo acaba se tornando bastante considerável.
Basta fazer as contas. Tomando como base um PC de configuração modesta, que consumisse uma média de 100 watts e ficasse ligado 12 horas por dia, teríamos o seguinte:
Fonte com 65% de eficiência:
Consumo médio: 152.3 watts/hora
Consumo total ao longo de 12 meses: 667 kilowatts-hora
Fonte com 80% de eficiência:
Consumo médio: 125 watts/hora
Consumo total ao longo de 12 meses: 547 kilowatts-hora
Dentro do exemplo, tivemos uma redução de 120 kWh, que (tomando como base um custo de 44 centavos por kWh) correspondem a 53 reais. Se o PC ficar ligado continuamente, ou se levarmos em conta o consumo ao longo de dois anos, a economia já vai para 106 reais, o que começa a se tornar uma redução significativa.
Ao usar um PC mais parrudo, com um processador quad-core e uma placa 3D mais gastadora, o consumo pode chegar facilmente aos 300 watts, o que poderia levar a diferença aos 300 reais anuais, o que é um valor mais do que significativo.
Isso faz com que, na maioria dos casos, fontes de boa qualidade, que ofereçam uma eficiência de 80% ou mais, acabem saindo mais barato a longo prazo do que fontes genéricas, que podem ter um custo inicial pequeno, mas que acabam comendo toda a diferença a longo prazo na forma de um aumento mensal na conta de luz.
Fazendo as contas, você vai chegar à conclusão que fontes mais caras, porém mais eficientes, podem acabar saindo bem mais barato a longo prazo, mesmo desconsiderando todos os outros fatores.
Outro fator a considerar dentro da ideia do custo é a questão da durabilidade. Muita gente troca de fonte sempre que faz algum upgrade significativo no PC ou quando a fonte parece estar ficando "velha", o que não é necessário em absoluto ao usar uma fonte de boa qualidade. A maioria dos bons produtos possuem um MTBF de 60.000 horas (o que equivale a quase 7 anos de uso ininterrupto) e, mesmo assim, o valor se aplica mais ao exaustor (que é o único componente móvel) e não à fonte propriamente dita. Se você somar o custo de três ou quatro fontes genéricas substituídas prematuramente, vai acabar chegando ao preço de uma fonte melhor.
O menor consumo também aumenta a autonomia do nobreak, já que, com menos carga, as baterias durarão mais tempo. Isso pode levar a outras economias, já que reduz a necessidade de usar baterias externas, ou de usar um nobreak de maior capacidade.
Chegamos então a uma segunda questão, que é como diferenciar as fontes de maior e menor eficiência, já que mesmo algumas fontes consideradas "boas", como a SevenTeam ST-450P-CG (que em 2009 custava custava mais de 200 reais) trabalham abaixo dos 70% de eficiência. Chegamos então ao 80 PLUS.
Fonte de Alimentação - O 80 Plus
O 80 PLUS
Embora muito se fale sobre as capacidades das fontes, a preocupação com a eficiência é um fator relativamente recente, que pegou carona na tendência geral em busca de componentes de baixo consumo. Não adianta muito fazer malabarismos para reduzir a tensão ou o clock do processador para economizar energia, se a fonte desperdiça mais de um terço de toda a energia que recebe da tomada.
O grande problema é como separar o joio do trigo, já que os fabricantes de fontes são especialmente criativos na hora de inflar as capacidades ou enrolar com relação ao percentual de eficiência. Quem nunca comprou uma fonte genérica de "450 watts" por 40 reais, que atire a primeira pedra... :)
O 80 PLUS é um programa de certificação, que faz parte do programa Energy Star (que existe desde 1992 e é atualmente adotado por diversos países, incluindo a União Europeia, Japão, EUA, Taiwan, Canadá e outros). O Energy Star foi o responsável pela introdução de recursos como o desligamento do monitor e dos HDs depois de algum tempo de inatividade, entre diversas outras funções "verdes" que são encontradas nos PCs atuais. O 80 PLUS é um programa de certificação para fontes, que atesta que ela é capaz de manter uma eficiência de pelo menos 80% em três níveis de carregamento: 20%, 50% e 100%.
Complementarmente, a fonte deve oferecer também um fator de potência de 90% ou mais com 100% de carregamento, o que torna obrigatório o uso de PFC ativo (veja mais detalhes a seguir). Além de pesquisar pelas fontes com o selo, você pode também consultar uma lista com todas as fontes certificadas no: http://80plus.org/manu/psu/psu_join.aspx
Para cada fonte, está disponível um PDF com os resultados dos testes, que serve como uma espécie de "mini-review" da fonte, feito em condições controladas. Nele você pode ver o gráfico com a eficiência em cada um dos três níveis e as especificações detalhadas:Uma observação é que os testes do 80 PLUS são realizados com temperatura ambiente de 23 graus, o que corresponde à realidade de muitos países da Europa, mas não da maioria dos estados do Brasil (e provavelmente não dentro do seu PC). Como tanto a eficiência quanto a capacidade efetiva da fonte são ligeiramente afetadas pelo aumento da temperatura, os números obtidos na prática podem ser diferentes, com a fonte apresentando uma eficiência 2 ou 3% menor do que a exibida no teste do 80 PLUS, por exemplo.
Entretanto, não existem motivos para pânico com relação à capacidade de fornecimento da fonte, pois para trabalhar com 80% ou mais de eficiência com 100% de carga, a fonte precisa na verdade ser dimensionada para oferecer uma capacidade substancialmente maior. Ao usar a fonte com uma temperatura ambiente mais alta, ela pode trabalhar mais perto do limite, ficar um pouco mais barulhenta (devido ao aumento na velocidade de rotação do exaustor) e oferecer uma eficiência ligeiramente mais baixa, mas salvo casos extremos ela ainda operará dentro de um nível aceitável de segurança.
Em um esforço para diferenciar seus produtos, muitos fabricantes incluem nas especificações a temperatura na qual a capacidade nominal é garantida, especificando que a fonte é capaz de fornecer 450 watts a 45°C, por exemplo, o que é um argumento a mais a favor da qualidade do modelo.
Continuando, inicialmente a certificação era inteiramente facultativa, mas a partir de 2007 ela passou a fazer parte do Energy Star 4.0, o que acelerou bastante a adoção por parte dos fabricantes, já que atender ao padrão é um pré-requisito para vender para muitas grandes empresas e entidades governamentais.
O selo "80 PLUS" é sempre colocado em local visível na caixa e também na página do fabricante, o que o torna uma forma simples de diferenciar as fontes de qualidade das genéricas ou semi-genéricas.
Além de atestar a eficiência, ele atesta também que a fonte é capaz de realmente operar dentro da capacidade máxima com uma certa folga, o que põe fim ao velho engodo dos fabricantes em divulgarem a capacidade de pico e não a capacidade real.
Construir fontes capazes de atingir os 80% de eficiência com 100% de carga é uma tarefa difícil, por isso não faz sentido que um fabricante produza uma fonte capaz de atingir a marca e deixe de submetê-la ao processo de certificação. Se uma fonte promete "85% de eficiência", mas não possui o selo, é bem provável que o fabricante esteja mentindo, ou que os 85% sejam atingidos apenas em situações ideais.O nível de carga em que as fontes são menos eficientes é abaixo dos 20%, quando não apenas a eficiência é mais baixa, mas também o fornecimento é menos estável. Uma analogia tosca poderia ser feita com relação a um motor à gasolina, que é eficiente em rotações médias e altas, mas engasga em baixa rotação.
Ironicamente, esta peculiaridade com relação ao fornecimento é um fator que faz com que muitas fontes genéricas se saiam melhor do que deveriam em testes de eficiência. Explico: ao usar uma fonte de 450 watts reais ou mais em um PC de baixo consumo, que passa a maior parte do tempo consumindo apenas 60 ou 70 watts, a fonte passará a maior parte do tempo operando abaixo dos 20% de capacidade, zona em que mesmo as melhores fontes não são muito eficientes. Nessa situação, mesmo uma fonte 80 PLUS pode apresentar resultados desanimadores, já que o programa testa a eficiência da fonte apenas a partir dos 20% e não menos.
Nessa situação, uma fonte genérica com uma capacidade real de 160 ou 200 watts (e provavelmente anunciada pelo fabricante como uma fonte de "450 watts") poderia apresentar uma eficiência similar, já que estaria operando mais próximo aos 50%, zona em que as fontes são mais eficientes.
Em outras palavras, o ideal é sempre dimensionar a fonte de acordo com a capacidade do PC. Ao montar um PC de baixo consumo, prefira fontes 80 PLUS menores, de 300 a 400 watts, que farão um trabalho bem melhor ao alimentarem PCs abaixo dos 100 watts. Assim como em tantos outros casos, a capacidade da fonte deve ser corretamente dimensionada; não é apenas questão de sair comprando a fonte de maior capacidade que encontrar.
Bons exemplos de fontes de boa qualidade abaixo dos 400 watts são os modelos de 300 a 350 watts da Seasonic (apesar de ser relativamente desconhecida, a Seasonic é uma das maiores fabricantes de fontes. Entretanto, a maioria das unidades são produzidas sob encomenda para outros fabricantes, incluindo a Corsair e a Arctic Cooling), como a SS-300ET e a SS-300ES, que possuem o 80 PLUS Bronze
Apesar da aparência despretensiosa, elas possuem uma qualidade muito boa e são mais baratas que os modelos da Corsair, Zalman e Cooler Master. Elas são ideais para PCs de baixo consumo, pois são capazes de manter uma eficiência acima de 82% com qualquer carga entre 60 e 300 watts, diferente de fontes de capacidade maior, que atingem a faixa dos 80% apenas quando fornecendo 100 watts ou mais.
A alternativa seguinte seriam fontes de 400 watts, como a Corsair 400CX, que tem um custo moderadamente acessível e também apresenta uma boa faixa de eficiência entre os 80 e 100 watts.
De volta à eficiência, outra coisa a ter em mente é que, embora quase todas as fontes atuais sejam bivolt, elas operam com um nível de eficiência ligeiramente melhor quando ligadas no 220. A diferença varia de acordo com o modelo e a capacidade da fonte, mas está sempre presenteSe você mora em uma região com tensão de 220V, nem pense em usar um transformador para reduzir a tensão antes de fornecê-la ao PC, pois você só vai perder dinheiro e reduzir a eficiência da fonte. Em vez disso, invista em um aterramento adequado e aproveite a vantagem natural oferecida pela concessionária de energia.
Outra dica importante é manter sempre o gabinete bem ventilado, já que temperaturas mais baixas permitem que a fonte atinja seus melhores níveis de eficiência. Uma boa solução é usar um túnel de vento sobre o processador (o cilindro de PVC que acompanha muitos gabinetes) e instalar um exaustor de 80 ou 120 mm na abertura traseira do gabinete, que vai se encarregar de eliminar rapidamente o calor dissipado pelo processador, evitando que ele se acumule a ponto de aumentar significativamente a temperatura dentro do gabinete. Ao usar um processador quad-core, vários HDs ou uma placa 3D parruda, é interessante instalar também um segundo exaustor na abertura frontal do gabinete, empurrando o ar para dentro.
O exaustor frontal aumenta bastante o fluxo de ar e oferece a vantagem adicional de refrigerar os HDs, o que é importante ao instalar vários drives em baias vizinhas. Se quiser soltar os cachorros, você pode terminar o serviço substituindo o túnel de vento do processador por um terceiro exaustor, também empurrando o ar para dentro. Nesse caso, a pressão positiva criada pelos dois fará com que o ar seja removido rapidamente pela ação combinada do exaustor traseiro e o da fonte, fazendo com que o ar circule rapidamente dentro do gabinete.
Um bom exemplo é a polêmica Huntkey 350 Green Star, uma "semi-genérica" que foi muito vendida no Brasil como um modelo de baixo custo. O PDF com as especificações divulgado pela Huntkey fala em 85% de eficiência, mas em seguida fala em 70% de eficiência mínima em full-load, o que indica que na verdade a fonte trabalha com uma eficiência muito mais baixa:Em 2009 foi adicionado o 80 PLUS Platinum, que estipula um mínimo de 90% de eficiência com 20% de carga, 94% com 50% e 91% com 100%. O Platinum foi originalmente criado para atender um nicho específico, o de fontes para servidores em datacenters (onde qualquer ganho de eficiência representa uma grande economia devido à enorme densidade de máquinas por metro quadrado), mas ele lentamente está encontrando o caminho das fontes de consumo, embora a diferença nos preços muitas vezes não compense o pequeno ganho adicional.
Uma observação importante é que as fontes atingem o nível máximo de eficiência em torno dos 50% de carga, apresentando uma eficiência ligeiramente mais baixa tanto com pouca carga quanto com muita carga. É justamente por isso que o o 80 PLUS Gold exige 90% de eficiência apenas nos 50%. Este é um exemplo de curva de eficiência em uma fonte 80 PLUS
Fonte de Alimentação - Calculando o consumo
Calculando o consumo
Existe muito hype em torno das fontes de alimentação de grande capacidade, alimentado pelos próprios fabricantes e por reviews. Em uma mesa de teste, uma fonte de 1000 watts pode parecer bem superior à uma de 600, por exemplo, já que é capaz de fornecer muito mais energia e oferecer tensões estáveis com um volume de carga muito maior. Entretanto, em situações reais a história muitas vezes se inverte, já que fontes de grande capacidade não são muito eficientes ao fornecer os 100 ou 120 watts que um PC médio consome enquanto está ocioso.
Outro fator que alimenta muitos mitos é a baixa qualidade das fontes genéricas em geral, que apesar de serem vendidas como fontes de "450 watts", muitas vezes não conseguem fornecer sequer 160 watts na saída de 12V, pedindo água com a instalação de uma simples placa 3D mediana.
Frustrado com a fonte de "450 watts", o dono chega à conclusão de que precisa de uma fonte de 600 watts ou mais, quando, na verdade, precisa apenas de uma fonte de 300 ou 400 watts que realmente cumpra o que promete. Como sempre, o melhor custo-benefício reside entre os dois extremos, e o primeiro passo para encontrá-lo é calcular o consumo aproximado do seu PC.
O TDP é um indicativo do consumo típico de um componente, que serve como orientação para os fabricantes de coolers, placas-mãe, fontes e para os integradores. Ele não corresponde necessariamente ao consumo máximo (que pode exceder levemente o TDP por breves períodos) mas serve como uma boa estimativa do consumo contínuo máximo. Você pode encontrar o TDP nas páginas de especificações, ou simplesmente pesquisando no Google por "TDP modelo".
Uma GeForce 9600GT, por exemplo, tem um TDP de 96 watts, mas o consumo real pode oscilar entre menos de 40 watts enquanto o PC está ocioso, e entre 80 e 90 watts ao rodar jogos 3D (com breves picos de consumo de pouco mais de 100 watts). A GeForce 9800 GX2, por sua vez, tem um TDP de 197 watts, mas o consumo típico oscila entre 90 e 180 watts.
No caso dos processadores, a diferença entre o TDP e o consumo em idle é ainda maior, devido ao gerenciamento de energia. Um Pentium E2180 (65 nm, 2.0 GHz), por exemplo, tem um TDP de 65 watts, mas o consumo real do processador varia entre 12 watts quando ocioso (com o EIST ativado no setup) e 34 watts em full-load. Um Core 2 Extreme QX6850, por sua vez, tem um TDP de 130 watts e um consumo real entre 32 watts (ocioso) e 105 watts (full-load).
Uma fórmula simples para ter uma estimativa aproximada do consumo máximo do PC é somar o TDP do processador e da placa 3D (os principais vilões), adicionando mais 3 watts para cada módulo de memória, 12 watts para cada HD e mais 35 watts para a placa-mãe e os componentes onboard. Em um PC com uma GeForce 9600GT e um Pentium E2180, com um único HD e dois módulos de memória, por exemplo, teríamos um total aproximado de 214 watts.
Essa é uma estimativa pessimista, já que nos limitamos a somar os valores máximos de consumo dos componentes. Ele é uma indicação válida para dimensionar a fonte (já que dificilmente será excedido, mesmo ao rodar benchmarks) mas na prática o consumo será bem mais baixo, já que nem todos os componentes são 100% exigidos em um dado momento. Alguns benchmarks chegam perto, mas mesmo eles sempre pecam em algum ponto.
Talvez você esteja se perguntando por que não incluí o drive óptico no exemplo. A resposta é que um gravador de DVD pode consumir até 20 watts durante a gravação, mas a menos que você pretenda gravar mídias enquanto está jogando ou rodando benchmarks, não é necessário incluí-lo na conta, já que gravar DVDs não usa intensivamente nem o processador nem a placa 3D, permitindo que o consumo do gravador seja absorvido pela baixa demanda da dupla. Quando ocioso, o drive entra em um modo de baixo consumo, onde usa apenas 3 watts ou menos.
Na web você encontra alguns calculadores de potência, que oferecem uma estimativa mais próxima do que você terá em situações reais de uso. Um bom exemplo é o calculador da eXtreme, que oferece um seletor moderadamente detalhado dos componentes do PC e devolve uma estimativa aproximada do consumo: http://www.extreme.outervision.com/PSUEngineComo pode ver, ele ofereceu uma estimativa um pouco mais conservadora da configuração do exemplo, estimando o consumo em 186 watts.
A terceira possibilidade é medir o consumo você mesmo, usando um kill-a-watt ou outro wattímetro e assim examinar a variação no consumo de acordo com a tarefaAplicando estas dicas, você vai logo perceber que, na grande maioria dos casos, uma fonte com 400 watts reais é mais do que suficiente para a maioria das configurações. Em geral, fontes de maior capacidade são necessárias apenas ao usar duas ou três placas 3D em SLI/CrossFire ou ao fazer overclocks extremos em processadores quad-core.
Com os processadores atingindo TDPs de 130 watts e placas 3D ultrapassando os 150, a tendência geral é que os componentes passem a consumir menos energia no futuro e não o contrário. Sistemas com processadores gulosos e várias placas 3D continuarão a existir, mas eles serão sempre plataformas de nicho.
Outro ponto que é sempre importante enfatizar é a importância de manter o EIST ou o Cool'n'Quiet ativos, permitindo que o processador reduza o clock e a tensão nos momentos de baixa atividade. Muitos preferem desativar a função para obter pequenos ganhos no overclock, mas o grande aumento no consumo realmente não compensa para uso prolongado.
Continuando o teste, ao substituir a fonte por uma Coletek CT-2045S (uma genérica que oferece pouco mais de 160 watts reais) os números saltaram para:
PC ocioso após um boot limpo: 98 watts
Teste do Prime95 (blend): 131 watts
Call of Duty 5 (Zombie Verruckt): 163 watts
Prime95 e 3Dview do ATI Tool, simultaneamente: 186 watts
Naturalmente, o PC não passou a consumir mais energia com a troca da fonte. A diferença se deve unicamente à diferença de eficiência entre as duas, reforçando a ideia de que uma fonte ineficiente acaba saindo mais caro a longo prazo.
Se o PC do exemplo (que tem um consumo relativamente baixo) ficasse ligado o tempo todo, a diferença de consumo seria superior à 70 reais anuais, suficiente para cobrir a diferença no custo da fonte em pouco mais de dois anos.
A redução no consumo (em valores absolutos) é maior no caso de PCs mais parrudos, que consomem mais energia e, principalmente, no caso de PCs que ficam continuamente ligados. Quanto maior é o consumo do seu PC, sobretudo ao usar uma placa 3D parruda, maior é a vantagem financeira de usar uma fonte de maior eficiência. No futuro o custo da eletricidade tende a subir, fazendo com que a diferença passe a ser cada vez maior.
Outro fator é que, usar uma fonte de melhor qualidade é sempre recomendável do ponto de vista da saúde do equipamento, principalmente se considerarmos a péssima qualidade da rede elétrica na maioria das cidades brasileiras. Uma fonte de boa qualidade oferece uma proteção muito maior do que um estabilizador de 50 reais (cuja utilidade real é discutível).
As principais dicas na hora de comprar é que se limite aos fabricantes de boa reputação, como a Corsair, Antec, Enermax, Seasonic (que também fabrica fontes para outros fabricantes, incluindo alguns dos modelos da Corsair), CWT (outra gigante, que produz fontes para diversos fabricantes), OCZ, Silverstone, Thermaltake e Zalman, deixando de lado fabricantes como a Clone, Wise Case, Vcom, Halion, Leadership e Coletec, que são especializados em fontes baratas e de baixa qualidade.
Existem também fabricantes intermediários, como a Huntkey, a Cooler Master e a SevenTeam, que fabricam algumas fontes de qualidade e também fontes de baixo custo, cuja qualidade não é tão boa assim. Dois bons exemplos são a Huntkey 350 Green Star (que carece dos circuitos de proteção e explode quando os 350 watts são realmente exigidos) e a Cooler Master eXtreme Power Plus 390W, uma fonte antiquada, com PFC passivo, que fornece pouco mais de 300 watts reais.
Outra coisa importante a enfatizar é que não existem boas fontes abaixo da faixa dos 50 dólares, que no Brasil acabam se transformando em 150 ou 200 reais. O motivo é que é realmente caro fabricar uma fonte de alimentação que seja capaz de efetivamente oferecer 350 ou 400 watts com PFC ativo e um bom nível de eficiência.
Mesmo ao produzir modelos de baixo custo, existe um ponto a partir do qual não existe outra solução que não seja começar a remover componentes ou usar componentes de baixa qualidade, sacrificando a eficiência, a capacidade, a estabilidade das tensões nas saídas ou a segurança, deixando de incluir circuitos de sobrecarga, por exemplo. Quase sempre que algum fabricante consegue colocar uma fonte de 100 reais ou menos no mercado, é por que economizou em componentes essenciais, ou está empurrando algum projeto ultrapassado.
De uma maneira geral, o ideal é se limitar às fontes com a certificação 80 PLUS (basta checar a lista no http://80plus.org/manu/psu/psu_join.aspx). Entre elas, não faz realmente uma grande diferença se a fonte é 80 PLUS Bronze ou não, já que a diferença de eficiência é de apenas 2%. As fontes Silver e Gold oferecem eficiências ligeiramente mais altas, mas elas também são mais caras, por isso é importante sempre colocá-las na perspectiva do custo-benefício.
Usar fontes genéricas é como usar gasolina batizada. Na maior parte do tempo até funciona (pelo menos em PCs de configuração modesta), mas você também vai ver problemas graves em muitas situações. A longo prazo elas acabam custando mais caro devido à diferença na eficiência, por isso elas realmente não são uma escolha muito inteligente.
Uma boa estratégia é considerar a fonte como um periférico não perecível (como um nobreak ou uma impressora, que você mantém ao trocar de PC) e não como parte do micro.