Uma empresária suíça que passa férias no Quênia. Um guerreiro da tribo Massai. A volta ao continente selvagem para viver uma arrebatadora paixão, que transpõe a barreira da língua, a má alimentação e as doenças. E só perde para o tempo. Uma autobiografia que conta, com delicadeza e bom humor, uma história de amor e tolerância, que mostra imensas diferenças culturais e também as semelhanças universais do coração humano.
Masai Branca, de Corinne Hofmann, é um dos livros mais envolventes e uma das biografias mais incríveis que já li.
A história real conta a saga da suíça que, durante uma viagem ao Quênia com seu namorado, apaixona-se perdidamente por um guerreiro da tribo Masai, por quem decide largar toda a sua vida no primeiro mundo, incluindo seu negócio, sua família, sua rotina, sua estabilidade e seu namorado, em nome dessa paixão avassaladora.
A certeza e a perseverança de Corinne sobre a intensidade e a veracidade desse amor faz com que ela lute com todas as suas forças em busca da felicidade.
Porém, os desafios que ela enfrenta vão além de tudo o que eu poderia imaginar. No lugar dela, sinceramente, eu teria voltado em uma semana. Além de não falarem a mesma língua e de terem costumes completamente diferentes, as condições de vida, as doenças e alimentação da tribo fazem com que Corinne passe por maus bocados, chegando inclusive à beira da morte mais de uma vez.
Beber sangue, andar quilômetros para tomar banho, não ter nada nem parecido com banheiro, sobreviver a cinco malárias e ainda ver meninas sendo mutiladas quando entram na puberdade são só alguns dos obstáculos que ela enfrenta para tentar viver esse amor.
Corinne escreve muito bem faz com que o livro, que já possui uma história capaz de aguçar a curiosidade de qualquer um, seja devorado em poucos dias pelos leitores ávidos pelos desfecho da trama, que vai ficando cada vez mais angustiante e densa.
Outro ponto forte da obra são as fotos, que dão ainda mais veracidade ao texto, assim como envolvem e aproximam o leitor da autora e dos demais personagens. Quando terminei o livro, se encontrasse Corinne do meu lado, passeando pelas ruas de São Paulo, olharia para ela e seria capaz de falar: – Oi, Corinne, e aí, tudo bem? Como vai a filhota?, como se ela fosse uma conhecida de anos e anos.
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