quarta-feira, 12 de agosto de 2009

A INDEPENDENCIA DA ESTONIA

Cada vez mais, os estonianos se aproximavam dos alemães, o que descontentava o Império Russo, que no comando do Alexandre II, ordenou várias reformas, que forçaram os bálticos a abandonarem o sistema político alemão. Após a unificação Alemã, em 1871, o poderio militar alemão começou a preocupar os russos, principalmente devido a uma inssurgência contra a russificação da Estônia e da Letônia. A russificação na Estônia nada mais era do que tirar o poder dos alemães sobre os países bálticos, e até subjugar o luteranismo, muito presente na região.

O estopim final foram as eleições municipais de 1904, em Tallinn, na qual o bloco russo-estoniano ganhou e tirou o poder dos alemães. Insatisfações surgiram por toda a Estônia, polarizada pelas manifestações moderadas no jornal Postimees de Tartu e os radicais no Tallinna Teataja, comandados por Konstantin Päts e o advogado Jaan Teemant. Os moderados queriam transformar a Estônia num parlamentarismo sob o imperador russo, enquanto os radicais queriam o desvencilhamento dos russos e começar uma revolução.

Assim, durante a Revolução de 1905 que ocorreu em várias partes do império russo, a favor da modernização e contra a então atual estagnação que acontecia. Várias revoltas aconteceram durante todo a primavera e verão, mas principalmente no dia 1º de maio. Mas foi no outono, no dia 16 de outubro, que aconteceu a maior revolta. Cerca de 3/4 de todos os operários e ferroviários pararam as máquinas e foram às ruas protestar contra as autoridades russas, quando os soldados abriram fogo em Tallinn e provocaram um massacre com a morte de 94 e algumas centenas feridas. A partir dali, todos os estados bálticos se rebelaram e o império declarou estado de guerra, convocando mais de 19000 soldados para suprimir a revolta. Com fortes repressões e a morte de quase 1000 pessoas, os líderes recuaram, mas mostraram a insatisfação dos estados bálticos com o império.

Depois da renúncia do czar Nicolau II, em 15 de março de 1917, o governo provisório russo deu um novo curso para o estabelecimento dos governos democráticos independentes. Na Estônia, os políticos locais montaram os seus partidos e indicaram um comissário para as negociações com o governo russo. Até que em 12 de abril de 1917, após pressões, o governo deu força a um governo provisório que unia a Estônia (norte da atual Estônia) e o Norte da Livônia(sul da Estônia atual). Os conselhos de operários e de soldados formavam um poder revolucionário paralelo, apenas atento ao que acontecia à Estônia naquele momento.

Alguns líderes falavam em independência completa da Rússia, mas a maioria, no momento, falava apenas em um estado autônomo. Quando a Revolução Bolchevique estorou, em 17 de outubro, e aplicaram as idéias comunistas, como a estatização de bancos e empresas na Rússia. Quando eles se preparavam para fazer o mesmo nos estados bálticos, os mesmos declararam o governo provisório como a autoridade máxima no país, em 28 de novembro de 1917, através de uma constituinte.

Eleições aconteceram, e 2/3 dos votos foram para os partidos nacionais. Os soviéticos declararam as eleições nulas, mas políticos estonianos como Konstantin Päts, Jüri Vilms e Konstantin Konik iniciaram negociações com o governo russo, após o lançamento do Manifesto para todas as pessoas da Estônia em 24 de fevereiro de 1918.

Mas na Europa, no mesmo instante, acontecia a I Guerra Mundial, e convocada pelos nobres estonianos de origem alemã, o exército alemão tomou a Letônia e a Estônia, e formaram um estado báltico germânico. Mas a tentativa falhou, em maio de 1918, França, Reino Unido e Itália retomaram o território e deram a independência de fato aos estonianos. Em 27 de Agosto, um tratado foi feito entre Alemanha, Estônia e a Rússia, reconhecendo a independência da Estônia.

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