quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Brasil x Estonia

A seleção brasileira foi convidada pela Federação Estoniana para uma partida de comemoração pelos 100 anos de pratica do futebol. Mas quem é aEstonia e Qual a sua Origem.
Um pouco de Historia faz bem, então conheçam a estoria da Estonia, um pais pouco maior que o Estado do Espirito Santo.

A noção da Estônia como país é recente, data do meio do século XIX. Até o século XIII, a Estônia não passava nada mais do que apenas tribos semi-organizadas, que sofreram com a cristianização no início desse mesmo século. Após isso, passou no domínio de dinamarqueses, ordens católicas, suecos, alemães e russos. Até que, enfim, apenas no século XX, obter sua independência, que ainda assim foi subjugada pelos soviéticos e apenas retomada em 1992. A história estoniana nada mais é do que um povo que teve seu território dominado por séculos, mas que aos poucos foi criando um sentimento nacionalista e obteve, após muita luta a sua independência.










A ocupação humana na Estônia remete-se há 11000 anos atrás, data da primeira colônia, a colônia de Pulli. Ainda existem muitas dúvidas sobre de qual etnia era esse povo. Sabe-se no entanto que na Estônia se estabeleceram os primeiros povos sedentários da Europa, atravessaram o golfo da Finlândia, quando este estava a degelar-se e, portanto, os estonianos fazem parte do grupo dos povos fínicos.

Foram achados equipamentos de pesca e caça, pertencentes a uma comunidade sedentária, datada de 6500a.C. Na Idade do Bronze e do Ferro, observou-se a consolidação do sedentarismo, com um grande crescimento cultural e econômico, com a transição para o cultivo de alimentos, típico de povos sedentários.

Com o crescimento da população em anos seguintes, surgiram os problemas de território com outros povos, como as tribos Bálticas do sul e as guerras contra a Escandinávia. Com isso, as tribos estonianas desenvolveram técnicas de navegação nada inferiores às suecas ou norueguesas, e até chegaram a conquistar, com seus piratas, a vila sueca de Sigtuna, em 1187.[1]

Cruzadas do Norte


Cavaleiros da Ordem dos Livônios, que dominaram o território da Estônia durante 200 anos.

A Estônia foi um dos últimos lugares da Europa Medieval a ser cristianizado. Em 1193, o Papa Celestino III organizou uma cruzada contra os pagãos do extremo norte das terras alemãs, partindo de Riga. Com a ajuda dos recém-cristãos livonianos e letões, a cruzada marchou rumo às terras da atual Estônia em 1208.

As tribos estonianas resistiram bravamente, e até saquearam, algumas vezes, os acampamentos dos guerreiros de Riga, até que em 1217, a ordem cristã dos Livônios e seus recentes aliados venceram uma grande batalha, que matou o líder dos estonianos, Lembitu. A resistência durou até 1227, quando os livônios estabeleceram a Confederação da Livônia, que compreendia as atuais Letônia e Estônia.

Tal período de 1208-1227 é conhecido como as Cruzadas Estonianas.

Em 1219, liderados pelo Rei Valdemar II, os dinamarqueses conquistaram o norte da Estônia, ganhando a batalha de Lyndanisse(Tallin), ao mando do Papa.

Em 1227, quando a ordem cristã dos Livonianos finalmente derrotou a útlima tribo estoniana, o território foi divido entre o Bispado de Ösel-Wiek, o Bispado de Dorpat e a Ordem Livoniana, salvaguardando o Arcebispado de Riga.

Em 1248, Tallinn adotou um governo baseado na lei de Lübeck e no final do século XIII aderiu a Liga Hanseática, começando assim a perda do domínio dinamarquês na região. Depois, diversos tratados foram feitos com os russos e os lituanos, e a força militar na região da Lyndanisse cresceu aumentando o poder dos vassalos da região, na sua maioria germânicos da região da Vestfália. Mas o poder dos estonianos da região também aumentou de forma que o Rei da Dinamarca aceitou tê-los como seus vassalos.

Quando a província estava dividida entre os vassalos pró-Dinamarca e vassalos pró-Livonianos, os estonianos armaram uma grande rebelião em 1343, chamada de Revolta da Noite de São Jorge. Eles renunciaram o cristianismo imposto á eles, e mataram todos os habitantes com descendência germânica (em torno de 1800) e dominaram os territórios. Depois de 2 anos de rebeliões e guerra entre a Ordem Teutônica, dinamarqueses e os estonianos, a insurgência foi controlada com a morte do último "rei" em Ösel em 1346. Logo após, os territórios do norte foram vendidos à Ordem Teutônica por 10000 marcos. [2]

Guerra da Livônia

O enfraquecimento da Ordem Teutônica, devido principalmente à batalha de Grunwald contra os poloneses e os lituanos em 1410, prejudicou o domínio que a Igreja Católica tinha na região. Após uma tentativa frustrada de invasão moscovita em 1481, numa época de conquistas do principado de Moscou, os estonianos aderiram ao protestantismo durante a época da Reforma e se alinharam ao então Reino da Suécia, que também tinha aderido ao luteranismo em 1523.

Tal período foi marcado por um fortalecimento de Moscou, com a conquista das repúblicas de Novgorod e Pskov, e a subjugação dos Tártaro-Mongóis, que dominavam a região desde o século XIII.[3] Os russos foram dominados por uma sede de imperialismo com o reinado de Ivan III e depois ainda mais com o reinado de Ivan, o Terrível, que buscou aumentar ainda mais os domínios do império e a região da Livônia era estratégica nas visões russas, por separar o terrítório russo e o Leste Europeu.

Em contrapartida, os Poloneses e os Lituanos fizeram uma aliança militar centrada na Polônia e dominava livremente esse território. Ao norte, a Finlândia já vivia sobre leis suecas desde o século XIV, enquanto a mesma vivia em leve tensão com a Dinamarca, devido à secessão da União Escandinava. Sendo assim, os russos queriam tomar a Livônia para si, mas tinham os dinamarqueses, os suecos e a união polonesa-lituana para desmantelar.

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