Narrado por uma cética Teddy, Kalkide 1978, é uma ficção científica profética, próxima à Messias, escrita 24 anos antes. Desta vez, Gore Vidal não poupa os modismos das religiões orientais e até a atual cientologia de sua afiada ironia, preparando para o leitor um fim do mundo surpreendente, alucinado e cruel. Mesmo após o Apocalipse, Teddy continua a não acreditar em Deus e apenas admite a sinceridade do casal e de seus adeptos. Ouve e anota a definição que o sargento Kelly dá de si mesmo: "Sou o mais sublime dos sublimes. O divino amado que te ama mais do que amas a ti mesmo. Antes de mim vieram Zoroastro, Rama, Krishna, Buda, Jesus e Maomé. Hei de recriar a humanidade. A idade do ouro chegará de novo. Antes da criação do universo, eu existia. Em Kalki, o autor sugere uma nova evolução para acertar o mundo. E, mesmo assim, se eventuais australopitecos deles resultantes não gerarem os incorrigíveis seres atuais. Para Gore Vidal, a humanidade não tem jeito.
Fonte: Arcanjo Micael
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