Em 1973, outro pesquisador da Bell Labs, Dennis Ritchie, rescreveu todo o sistema Unix numa linguagem de alto nível, chamada C, desenvolvida por ele mesmo. Por causa disso, o sistema passou a ter grande aceitação por usuários externos à Bell Labs.
Qual a relação entre o Unix e o Linux, ou melhor, entre o Unix e Linus Torvalds?
Para responder essa pergunta, é necessário falar de outro sistema operacional, o Minix. O Minix é uma versão do Unix, porém, gratuita e com o código fonte disponível. Isso significa que qualquer programador experiente pode fazer alterações nele. Ele foi criado originalmente para uso educacional, para quem quisesse estudar o Unix "em casa". No entanto, vale citar que ele foi escrito do “zero” e apesar de ser uma versão do Unix, não contém nenhum código da AT&T e por isso pode ser distribuído gratuitamente.
A partir daí, “entra em cena” Linus Torvalds. Ele era um estudante de Ciências da Computação da Universidade de Helsinki, na Filândia e em 1991, por hobby, Linus decidiu desenvolver um sistema mais poderoso que o Minix. Para divulgar sua idéia, ele enviou uma mensagem a um grupo pela Usenet (uma espécie de antecessor da Internet). A mensagem pode ser vista no final deste artigo. No mesmo ano, ele disponibilizou a versão do kernel (núcleo dos sistemas operacionais) 0.02 e continuou trabalhando até que em 1994 disponibilizou a versão 1.0. Até o momento em que este artigo estava sendo escrito, a versão atual era a 2.6.
O Linux é um sistema operacional livre e é uma re-implementação das especificações POSIX (padronização da IEEE, Instituto de Engenharia Elétrica e Eletrônica) para sistemas com extensões System V e BSD. Isso signfica que o Linux é bem parecido com Unix, mas não vem do mesmo lugar e foi escrito de outra forma.
Mas porque o Linux é gratuito?
Linus Torvalds, quando desenvolveu o Linux, não tinha a inteção de ganhar dinheiro e sim fazer um sistema para seu uso pessoal, que atendesse suas necessidades. O estilo de desenvolvimento que foi adotado foi o de ajuda coletiva. Ou seja, ele coordena os esforços coletivos de um grupo para a melhoria do sistema que criou. Milhares de pessoas contribuem gratuitamente com o desenvolvimento do Linux, simplesmente pelo prazer de fazer um sistema operacional melhor.
Licença GPL
O Linux está sob a licença GPL, permite que qualquer um possa usar os programas que estão sob ela, com o compromisso de não tornar os programas fechados e comercializados. Ou seja, você pode alterar qualquer parte do Linux, modificá-lo e até comercialiazá-lo, mas você não pode fechá-lo (não permitir que outros usuários o modifiquem) e vendê-lo.
GNU
Mas a história do Linux não termina por aqui. É necessário também saber o que é GNU. GNU é um projeto que começou em 1984 com o objetivo de desenvolver um sistema operacional compatível com os de padrão Unix. O Linux em si, é só um kernel. Linus Torvalds, na mesma época que escrevia o código-fonte do kernel, começou a usar programas da GNU para fazer seu sistema. Gostando da idéia, resolveu deixar seu kernel dentro da mesma licença. Mas, o kernel por si só, não é usável. O kernel é a parte mais importante, pois é o núcleo e serve de comunicador entre o usuário e o computador. Por isso, com o uso de variantes dos sistemas GNU junto com o kernel, o Linux se tornou um sistema operacional.
Mas você pode ter ficado confuso agora. O que é o Linux então? O que é GNU? Simplesmente, várias pessoas uma versões modificadas dos sistemas GNU, pensando que é o Linux em si. Os programadores que trabalham com ele, sabem que o Linux, é basicamente o kernel, conforme já foi dito, mas todos, chamam esse conjunto de Linux (há quem defenda o uso de GNU/Linux).
Finalizando, o projeto GNU é um dos responsáveis pelo sucesso do Linux, pois graças à “mistura” de seus programas com o kernel desenvolvido por Linus Torvalds, o Linux vem mostrando porque é um sistema operacional digno de habilidades insuperáveis por qualquer outro sistema.
Comandos básicos do Linux
Alguns comandos que você verá nesta página, equivalem aos utilizados no DOS. Se você não conhece o DOS, clique aqui e veja um tutorial que ensina a trabalhar com ele. No entanto, saiba que conhecendo ou não o DOS, você poderá estranhar bastante os comandos do Linux ou simplesmente não ter dificuldade alguma. Tudo depende de você. Essencialmente, trabalhar com o Linux é uma questão de prática e logo você ficará bem familiarizado.
[root@localhost /root]#
Você sabe o que signfica isso aí em cima? O Linux usa uma estrutura diferente de organização em seu sistema de arquivos*. Por isso, em vez da sua pasta ser c:arquivospastaarquivo.txt, simplesmente no Linux, pode ser /home/pasta/arquivo.txt. Para você entender melhor, vamos analisar o prompt do Linux:
[root@localhost /root]#
usuário - diretório / local (PC ou rede) - modo usuário
Usuário: No Linux, cada pessoa precisa ter uma conta de usuário. Uma conta de usuário indica um nome e senha que devem ser utilizados para se conectar no sistema. Se o nome escolhido por você for, por exemplo, Fulano, em vez de root aparecerá fulano no lugar.
Usuário "root" (ou super-usuário): é quem tem acesso irrestrito ao sistema. Quando você se conecta como usuário root, você poderá fazer qualquer operação no Linux, como alterações de configuração do sistema, apagar ou modificar arquivos importantes, etc. Por isso, se conectar como root é muito arriscado, já que você pode causar algum dano sem querer.
Tendo isso em mente, nunca se conecte como root a não ser que seja mesmo necessário. Para usar o Linux no dia-a-dia, conecte-se com uma conta de usuário comum, assim não haverá risco de danos. Também não se esqueça de guardar muito bem a senha do root, pois se alguém descobrir, poderá destruir o sistema.
localhost /root: é o local (diretório) onde você está no momento (/root é padrão e equivale a C: no DOS).
Modo usuário: indica quem está usando a máquina, se um usuário comum ou o super-usuário. Veja:
# - modo super-usuário
$ - modo usuário
Sistema de arquivos é um local onde os arquivos é diretórios são guardados. Consiste em uma área formatada em um dispositivo como um HD. Exemplos de sistema de arquivo: ext2/ext3 (Linux), FAT (DOS/Windows), NTFS (Windows NT/2000/XP), etc.
LINHA DE COMANDO
Antes de vermos os comandos em si, é necessário saber o que é Linha de Comando. Trata-se de um modo de trabalho com caracteres, onde você digita o comando e o executa pressionando "Enter" no teclado. Mas você também pode usar uma linha de comando em um ambiente gráfico. Se você usar o KDE por exemplo, pode procurar o aplicativo KDE Terminal para abrir uma janela com linha de comando. Mas isso vária de acordo com a versão do seu Linux. Mesmo assim não se preocupe, pois a linha de comando é muito fácil de se achar.
OS COMANDOS BÁSICOS
Vejamos agora os comandos básicos do Linux, seguidos de uma breve explicação:
- (qualquer comando) --help: mostra o HELP (arquivo de ajuda) do comando que você digitou;
- ls: lista os arquivos e diretórios da pasta (DIR no DOS);
- clear: limpa a tela (CLS no DOS);
- cd ___ : entra em um diretório (igual ao DOS);
- cd: vai direto para o diretório raiz do usuário conectado;
- : abre uma linha de comando "livre" , onde você pode digitar um comando extenso (digite q e clique em enter para sair);
- pwd: mostra o diretório inteiro que você está;
- cat: igual ao TYPE no DOS;
- df: Mostra as partições usadas ou livres do HD;
- |more: lista o arquivo com pausa de linha em linha (exemplo: CAT leiame |more)
- |lpr: imprime o arquivo listado;
- free: mostra a memória do computador (MEM no DOS);
- shutdown: desliga o computador:
- shutdown -r now : reinicia o computador;
- shutdown -h now : desliga o computador (só desligue quando aparecer escrito "system halted" ou algo equivalente); OBS.: O NOW pode ser mudado. Por exemplo: shutdown -r +10 e o sistema irá reiniciar daqui a 10 minutos).
- Reboot: reinicia o sistema instantaneamente (pouco recomendável, preferível shutdown -r now). Use somente em emergências;
- startx: inicia o X-Windows (interface gráfica) do Linux;
- kde: Inicia a Interface gráfica K Desktop Enviroment;
- mkdir: cria um diretório (MD no DOS);
- rmdir: destrói um diretório VAZIO (RD no DOS);
- rm: apaga um arquivo (DEL no DOS);
- rm –r: apaga um diretório;
- who: mostra quem está usando a máquina;
- wc: conta a quantidade de:
- wc -c arquivo : quantidade de bytes
- wc -w arquivo : quantidade de palavras
- wc -l arquivo : quantidade de linhas;
- date: mostra data e hora;
- telnet: inicia a TELNET;
- m: abre o MINICOM e permite configurar o modem;
- type: explica um determinado arquivo do sistema;
- file: descreve um determinado arquivo;
- find / - name ____ : procura arquivo "____";
- useradd nome_do_novo_usuário: cria uma nova conta usuário;
- passwd nome_do_usuário: cria ou modifica a senha do usuário;
- userdel -r nome_do_usuário: apaga um usuário;
- su: passa para o superusuário (perceba que no prompt irá mudar o $ pelo #);
- sndconfig: permite configurar a placa de som;
- TAR: arquivo para criar Backups:
- TAR –c: cria
- TAR –x: restaura
- TAR –v: lista cada arquivoTAR –t: lista os arquivos de backups;
- write: escreve mensagens para outro usuário em rede;
- mv: move arquivos;
- linuxconf: configuração do Linux;
- alias: possibilita a criação de comandos simples;
- &: coloca o comando desejado em background, ou seja, trabalha enquanto você faz outra coisa no computador;
- ps: relata os processos em execução;
- kill: encerra um ou mais processos em andamento;
- history: mostra os comandos que o usuário já digitou;
- lpr: imprime um arquivo (exemplo: lpr arquivo);
- lpq: mostra o status da fila de impressão;
- lprm: remove trabalhos da fila de impressão;
- mtools: permite o uso de ferramentas compatíveis com DOS. Após digitar o comando, você verá que todo comando do DOS terá um M na frente. Isso é normal.
Fonte: Oficina da Net
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