Doce mistério da vida esse Corinthians. Inexplicável Corinthians.A frase é de Osmar Santos, um dos maiores narradores de todos os tempos, na descrição do gol de Basílio contra a Ponte Preta em 77, gol que encerrou um jejum de 23 anos sem títulos, um dos capítulos mais importantes da história centenária do Sport Club Corinthians Paulista.
Uma paixão que não se explica em palavras. Não se define por resultados ou padrão de beleza. Não depende de vitórias, conquistas ou rótulos.
Para o corintiano basta que o Corinthians exista, aliás, corintiano que é corintiano não gosta de futebol, gosta mesmo é do Corinthians. Um clube que nasceu pra ser diferente; amado ou odiado, mas falado, por amigos e inimigos.
Iluminado sob a luz do Lampião, o Corinthians é luz que não se apaga, é fogo que queima na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, um casamento perfeito entre a paixão e o sofrimento. Doce sofrimento. Sofrer é o verbo favorito do corintiano, um bando de loucos, uma nação narcisista que gosta de se ver no espelho das arquibancadas.
É sentimento que não para, não para, não para nunca pra quem é Fiel, pra quem não abandona. E o Corinthians jamais será abandonado porque o Corinthians não é um clube, não é um time, o Corinthians é uma paixão, mais do que isso é uma religião.
Com todo respeito aos que não comungam da fé alvinegra, bege, roxa, preto, branco, sem preconceitos, o momento é de reverenciar o povo, a democracia.
Salve o Corinthians!